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  • Foto do escritorDácio Carvalho Costa

Cirurgia refrativa: Quem pode operar?

Atualizado: 26 de jul. de 2023

Entenda quem são os pacientes aptos para fazer a cirurgia refrativa, e como funciona.

jovem fazendo cirurgia refrativa

Nem todas as pessoas que têm grau podem fazer a cirurgia refrativa a laser. Para estar apto ao laser, o indivíduo deve cumprir pré-requisitos, sendo os mais importantes: ter espessura e curvatura de córnea que suportem a aplicação do laser, ter acima de 21 anos e grau estável, além de não ter nenhuma doença nos olhos afora o próprio grau. No consultório, é possível perceber que a maior causa de impossibilidade de ser submetido à cirurgia são alterações na espessura da córnea. Esta espessura é determinada geneticamente, como a sua altura ou o tamanho do seu pé. Não há nada que alguém possa fazer para aumentá-la. Para descobrir se você possui espessura e curvatura de córnea suficiente para ser submetido à cirurgia são necessários exames realizados em consultório médico.


Outra limitação para a cirurgia é a quantidade de grau. De maneira geral o laser corrige a miopia por volta de 10 graus, hipermetropia e astigmatismo por volta de 5 graus. Uma confusão comum é oposta ao que foi destacado anteriormente, de que só poderiam ser operados grau mais altos. Isto talvez se deva à cobertura dos planos de saúde. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) atualmente obriga as operadoras de planos de saúde a cobrir miopia entre 5 e 10 graus com ou sem astigmatismo até 4 graus e qualquer hipermetropia até 6 graus também com astigmatismo até 4 graus. Portanto, pacientes com miopia entre 1 e 5 graus também podem ser operados, mas devem arcar com os custos do procedimento.


Quais são os métodos?


No momento existem duas técnicas cirúrgicas principais: LASIK e PRK.

Na LASIK há um preparo da córnea para receber o laser, onde é confeccionado uma lâmina de córnea e o laser aplicado no meio dela. Na PRK, não há preparo e o laser é aplicado diretamente na córnea. A primeira técnica tem a vantagem de um pós-operatório mais rápido e com menos dor e a segunda tem a vantagem de poder ser usada em quem tem córneas mais finas. O seu oftalmologista escolhe a técnica baseada em vários fatores que devem ser discutidos na consulta pré-operatória.


Pós-operatório


O retorno às atividades rotineiras costuma ser rápido, e para auxiliar na recuperação vou compartilhar aqui o folheto de instruções que habitualmente entrego aos meus pacientes. A visão retorna de maneira mais rápida na LASIK, em torno de 1 semana, e mais lenta na PRK, de 2 a 3 semanas. É comum haver flutuações na visão e consideramos grau estável por volta do terceiro mês de operado.


Quais são os riscos da cirurgia refrativa no pós-operatório?


Olho seco: trata-se de uma sensação considerada normal e passageira, que pode durar de 30 a 90 dias. Isso acontece porque a curvatura da córnea é alterada, o que faz com que a distribuição das lágrimas na superfície do olho também seja modificada por certo tempo.

Infecção: apesar de extremamente raro, existe a possibilidade de infecção nos olhos no pós-cirúrgico. O que vale ressaltar é que esse risco é bem menor quando comparado às infecções e contaminação da córnea que o uso de lentes de contato pode causar no dia a dia.


Dor e desconforto: pode ocorrer sobretudo nas primeiras 48 horas pós-cirurgia.


Halos (espécie de anel) ao redor de luzes e ofuscamento noturno: podem ocorrer, principalmente, nos pacientes com pupilas muito grandes. Diminuem com o passar do tempo, embora não totalmente em alguns pacientes.


Opacidade de córnea (“haze”): trata-se de uma alteração na transparência da córnea, devido à cicatrização excessiva. Tende a melhorar ao longo do tempo. Acontece na técnica PRK apenas.


Hipocorreção: correção menor do que a desejada ou planejada.


Hipercorreção: em casos raros, pode acontecer a correção acima da que foi programada.


Dificuldade visual: ocorre sobretudo nos primeiros dias, acometendo principalmente os pacientes submetidos à PRK.


Hipertensão ocular: alguns pacientes podem apresentar aumento de pressão intraocular no pós-operatório.


Diminuição da capacidade visual: em casos raros, pode haver diminuição da acuidade visual após a cirurgia, decorrente de complicações inerentes ao procedimento.


Descolamento do flap: ocorre quando a camada da córnea, que é levemente levantada durante o procedimento, descola. Trata-se de um risco raro e que é possível contornar durante a cirurgia.



O importante é sempre que houver incômodo, dor, ou qualquer sintoma fora do normal, busque acompanhamento especializado de um oftalmologista.



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